sexta-feira, 27 de março de 2015

Morreu Luís Miguel Rocha, autor de "O Último Papa"


O escritor Luís Miguel Rocha, 39 anos, autor de obras como "O Último Papa", morreu, dia 26 de março, em Mazarefes, distrito de Viana do Castelo, vítima de doença prolongada.
 

 Nascido no Porto, em fevereiro de 1976, o autor português escreveu vários livros com sucesso internacional, como "O Último Papa" (2006, editora Saída de Emergência), que expõe uma teoria sobre a misteriosa morte de Albino Luciani, o Papa João Paulo I, envolvendo a maçonaria italiana, e "A Filha do Papa" (2013, Porto Editora), sobre segredos do Vaticano.

Luís Miguel Rocha estudou na área de Humanidades até ao 12º ano e começou a vida profissional como repórter de imagem, tradutor e guionista.

Viveu dois anos em Londres, onde supervisionou guiões para produtores britânicos, mas voltou a Portugal e residia no Porto, dedicando-se exclusivamente à escrita.

Em 2005 publicou a primeira obra, "Um País Encantado" (Planeta Editora), seguindo-se "O Último Papa" (2006), "Bala Santa" (2007, Paralelo), "A Virgem" (2009, Mill Books), "A Mentira Sagrada" (2011, Porto Editora), a "A Filha do Papa" (2013) e "A Resignação" (2014).

terça-feira, 24 de março de 2015

Herberto Helder


Herberto Helder nasceu em 1930 no Funchal, onde concluiu o 5.º ano. Em 1948 matriculou-se em Direito mas cedo abandonou esse curso para se inscrever em Filologia Românica, que frequentou durante três anos. Teve inúmeros trabalhos e colaborou em vários periódicos como A Briosa, Re-nhau-nhau, Búzio, Folhas de Poesia, Graal, Cadernos do Meio-dia, Pirâmide, Távola Redonda, Jornal de Letras e Artes. Em 1969 trabalhou como diretor literário da editorial Estampa. Viajou pela Bélgica, Holanda, Dinamarca e em 1971 partiu para África onde fez uma série de reportagens para a revista Notícias. Em 1994 foi-lhe atribuído o Prémio Pessoa, que recusou. Faleceu em Cascais a 23 de março de 2015, tinha 84 anos.

 
Obra:

 
Poesia – O Amor em Visita (1958)

A Colher na Boca (1961)

Poemacto (1961)

Lugar (1962)

Electrònicolírica (1964)

Húmus: poema-montagem (1967)

Retrato em Movimento (1967)

Ofício Cantante: 1953-1963 Antologia (1967)

O Bebedor Nocturno (1968)

Vocação Animal (1971)

Poesia Toda (1º vol. de 1953 a 1966; 2º vol. de 1963 a 1971) (1973)

Cobra (1977)

O Corpo o Luxo a Obra (1978)

Photomaton & Vox (1979)

Flash (1980)

A Plenos Pulmões (1981)

Poesia Toda 1953-1980 (1981)

A Cabeça entre as Mãos (1982)

As Magias (1987)

Última Ciência (1988)

Do Mundo (1994)

Poesia Toda (1996)

Ou o poema contínuo: súmula (2001)

A Faca Não Corta o Fogo - Súmula & Inédita (2008)

Ofício Cantante - Poesia Completa (2009)

Servidões (2013)

A Morte Sem Mestre (2014)

Os Passos em Volta (1963)

Apresentação do Rosto (1968).

A Faca Não Corta o Fogo (2008).

 

Aos amigos

Amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.

Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,

com os livros atrás a arder para toda a eternidade.

Não os chamo, e eles voltam-se profundamente

dentro do fogo.

— Temos um talento doloroso e obscuro.

Construímos um lugar de silêncio.

De paixão.

 

In Lugar

Concurso literário "Quem conta um conto... ao modo de Saramago?!"


sábado, 21 de março de 2015

Dia Mundial da Poesia



O Poeta é Belo
 
O poeta é belo como o Taj-Mahal
feito de renda e mármore e serenidade
 
O poeta é belo como o imprevisto perfil de uma árvore
ao primeiro relâmpago da tempestade
 
O poeta é belo porque os seus farrapos
são do tecido da eternidade

Mário Quintana

quinta-feira, 19 de março de 2015

Feliz Dia do Pai

"Ter um Pai! É ter na vida
Uma luz por entre escolhos ;
É ter dois olhos no mundo
Que vêem pelos nossos olhos!

Ter um Pai! Um coração
Que apenas amor encerra,
É ver Deus, no mundo vil,
É ter os céus cá na terra!

Ter um Pai! Nunca se perde
Aquela santa afeição,
Sempre a mesma, quer o filho
Seja um santo ou um ladrão ;

Talvez maior, sendo infame
O filho que é desprezado
Pelo mundo ; pois um Pai
Perdoa ao mais desgraçado!

Ter um Pai! Um santo orgulho
Pró coração que lhe quer
Um orgulho que não cabe
Num coração de mulher!

Embora ele seja imenso
Vogando pelo ideal,
O coração que me deste
Ó Pai bondoso é leal!

Ter um Pai ! Doce poema
Dum sonho bendito e santo
Nestas letras pequeninas,
Astros dum céu todo encanto!

Ter um Pai! Os órfãozinhos
Não conhecem este amor!
Por mo fazer conhecer,
Bendito seja o Senhor!"

Florbela Espanca